O culto a Deus Pai por meio de Jesus Cristo


Será exposto o papel de Jesus no culto a Deus.
Na Liturgia, as orações são direcionadas ao Pai, que é fonte dos dons, por meio de Jesus, o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2,5). É relevante perceber que os cristãos primitivos oravam segundo essa mesma “doxologia”:“Dou graças a meu Deus, por meio de Jesus Cristo”. (Romanos 1,8) “Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! (Romanos 7, 25)
Segundo os Evangelhos, Jesus, ainda durante o seu ministério terreno, anunciou o seu papel de mediador. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai, senão por mim” (João 14,6). Os fiéis devem se reunir em seu nome: “onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. (São Mateus 18, 20). Jesus faz a mediação da seguinte forma: o que pedirdes ao Pai em meu nome, (eu rogarei ao Pai) e ele vo-lo dará. (João 16, 23). O batismo faz dos cristãos “um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo”. (I São Pedro 2, 5). Nossas preces e louvores são destinadas para Deus Pai, e fazemos isto por meio de Jesus Cristo. Ele faz a mediação, assumindo a figura de sacerdote supremo.

A carta aos Hebreus explica melhor a realidade do sacerdócio eterno de Jesus.

O papel do sacerdote é ser um mediador entre o povo e Deus. Ele é o homem designado para apresentar as preces, louvores e ofertas emanadas do povo para Deus: “Todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios.” Hebreus 8:3

Jesus Cristo é o sacerdote ideal por ter experimentado a forma de viver humana:
Convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Hebreus 2:17

Seu sacerdócio é digno de confiança (ausência de medo ou de sentimento de indignidade de nossa parte):
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Hebreus 4:16

As funções sacerdotais de Cristo são eternas:
Cristo que permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:24-25

A má compreensão acerca da divindade de Jesus pode levar a compreensão de que sua processão (missão divina) seja a mesma do Pai, doador dos dons. O Pai é de onde emana a graça e os dons (Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai, Tiago 1:17) e Jesus é o mediador. A encarnação, a paixão, a morte e a Ressurreição de Jesus concorrem para esta forma de culto, os "esforços" do Filho resultam que devemos por meio dele ter acesso ao Pai. O esforço do filho em tornar-se homem, "entrar" na nossa maneira de viver, enfrentar os nossos desafios, lhe credenciaram para nos "defender" perante ao Pai.
Podemos compreender então a forma do culto cristão: o culto a Deus Pai por meio de Jesus Cristo, considerado Sumo Sacerdote não do tempo presente, mas da eternidade, onde constantemente apresenta ao Pai o louvor, boas obras, necessidades dos que a ele se confiam.

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