Limitações do Ateísmo pseudo-científico (cientificismo)


1º Não é possível sustentar uma teoria metafísica com base na Ciência: não é seu escopo de investigação. Toda afirmação metafísica do tipo: “Não existe Deus” ou “Existe Deus” é metafísica. Então, quando se postula o ateísmo, na verdade não está se fazendo ciência, mas metafísica.
2º O Materialismo filosófico como consequência de uma postura científica é um argumento cíclico, pois um pressuposto da ciência é levar em conta somente as causas naturais. A partir da ciência obtenho que só existem elementos naturais <=> A ciência parte do princípio de levar em conta somente as causas naturais = argumento cíclico.
3º Há diferença entre conhecimento e verdade. A ciência é um método de conhecimento empiricamente testável, que não atribui a si mesmo a condição de verdade, tanto é que progride, modifica-se.
4º Incerteza sobre o que seja a matéria. Se tudo que existe é material, o que é a matéria? A matéria é composta de átomos. Os átomos de partículas. As partículas que constituem o átomo são um mundo particularmente estranho (mundo quântico). Partículas aparecem e desaparecem, comunicam-se telepaticamente, ocupam outras dimensões, se comportam alternativamente ora como matéria, onda ou energia, sequestram, anulam e doam massa, não se pode conhecer mais que uma de suas propriedades (princípio da incerteza)... O que se sabe apenas é que obedecem às leis físicas. No início de tudo estão as leis físicas... Leis físicas são informação?
5º Vale aqui o princípio cartesiano: existe pensamento e matéria. O que se diria de um livro em um pressuposto materialista: “é papel e tinta”. Mas sabemos que ele é mais do que isso, ele comunica pensamento, sentimentos, ele muda estruturas pessoais. Nem tudo é matéria!
6º A informação racional e sentido não está somente naquilo que é produto do intelecto humano. O mundo natural está repleto de informação complexa: as leis naturais, as leis do mundo quântico, as constantes físicas, a regularidade da natureza, o código genético são linguagens que comunicam informação de alta complexidade. Podemos de fato observar no mundo o pensamento, ou seja mensagens codificadas.
7º A natureza tem sentido, ou o homem confere sentido a natureza? A fenomenologia de Husserl declara que “todo conhecimento é conhecimento de algo”. Se conhecemos algo é porque este algo tem aspectos objetivamente conhecíveis. O homem consegue observar as leis naturais, pois na natureza as leis naturais estão presentes objetivamente.
8º O que há de racional no mundo foi gerado por meio de princípios casuais, irracionais? Até certa medida: tipo: quando conseguimos observar certas formas em nuvens, ou no relevo natural. Mas certos tipos de padrões mais complexos observados na natureza teriam uma probabilidade infinitamente pequena de serem formulados a partir de princípios casualísticos. A própria ciência utiliza este princípio: Exemplo: a pesquisa por vida inteligente no espaço ocorre pela busca de informações de alta complexidade, que seriam sinal de vida inteligente.

O ateísmo não deve arrogar-se da fundamentação científica. O ateísmo não é deduzido da prática científica: muitos cientistas (inclusive muitos dos principais nomes da ciência - Copérnico, Newton, Gauss, Keppler, Galileu, Mendel, Einstein, Max Planck e tantos outros) não são ateus. Na atualidade podemos citar: Francis Collins (diretor do projeto genoma) e o brasileiro Marcos Eberlin como grandes cientistas que professam a fé em Deus.

Historicamente, o ateísmo filosófico surge nos sistemas filosóficos humanistas, que com o fim de afirmar e emancipar o homem, sentem a necessidade de negar a existência do “espiritual”.

Por que creio:
Pontos de partida:
DEUS, princípio primeiro: Lei da causalidade. O intelecto nos informa claramente que todo efeito necessita de uma causa. Esta lei não pode regressar até o infinito. É preciso portanto haver uma causa incausada, a partir da qual todo o mais é causado.
JESUS: Jesus histórico e ressurreição de Jesus: Natureza histórica do Cristianismo. O fenômeno do movimento de Jesus se localiza no tempo e no espaço da história humana. As condições totalmente adversas não impediram que seus discípulos afirmassem sua ressurreição: fenômeno inédito que dá credibilidade a sua mensagem.
ESCRITURAS: Relativa unidade das Escrituras: Levando em conta que a Bíblia é um escrito produzido ao longo de 2.000 anos seria natural que tivesse informações contrastantes. Sim, elas existem, mas não impedem que seja observada claramente uma unidade no que ela informa.
A ideia de “Uno” ou “Absoluto”, princípio eterno criador do mundo, é tema recorrente não apenas da religião judaico-cristã, mas também de várias religiões e da filosofia. Isso indica que no campo religioso vários povos deduziram um princípio espiritual (externo ao mundo) do qual tudo decorre. No campo filosófico deduziu-se em vários sistemas, a racionalidade da existência do Ser Supremo.
A propensão do ser humano ao transcendente em todos os tempos e todas as culturas.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas