Historicismo e método teológico


Edmund Husserl, expoente da fenomenologia, criticou a aplicação do método histórico à filosofia, a custo de resumí-la a uma história das ideias, ao invés de proporcionar uma investigação do ser. O método histórico estaria limitado em seu próprio escopo, somente podendo produzir história e não filosofia.
Assumo que é igualmente um equívoco aplicar o método histórico à teologia, e assim posso perceber mais claramente qual seria o método adequado à teologia. Pois o método histórico, nesse caso, só produz história e não teologia.
A teologia não é uma história dos enunciados teológicos, não obstante a utilidade desse tipo de conhecimento.
Assim como a autêntica filosofia é uma investigação do ser, uma abstração a partir dos entes num dado momento da história, a teologia é uma abstração a partir dos eventos teológicos: primeiro pecado, dilúvio, páscoa hebraica, encarnação, morte e ressurreição de Cristo. É uma abstração sobre o significado e os efeitos a respeitos dos "fatos" teológicos.

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