O saber esquecido



Aristóteles, a quem considero o maior filósofo de todos os tempos, entre tantos outros feitos, dividiu os tipos de saberes em três: teóricos, poéticos e práticos .
Os teóricos referem ao conhecimento das coisas e dos processos do mundo.
Os poiéticos sobre as técnicas de produção.
Os práticos referem-se a ética.

A ética pode ser entendida de diversas formas. Vou citar duas, a arte do bem viver e conviver e, numa visão mais técnica, o Direito, as leis.

O objetivo deste texto é observar que um desses tipos de conhecimento está colocada em um segundo plano: é a ética no sentido de um bem viver e conviver.

A ciência está voltada principalmente para os saberes teóricos e poiéticos. Os estudos referentes à ética muitas vezes restringem ao estudo e prática de leis duras, frias e por vezes implantadas e vivenciadas de forma inconsciente.

A forma de saber ético do bem viver e conviver que existem em todas as civilizações antigas, muitas vezes como parte do arcabouço religioso, tem sido desprezado. Estamos desfalcados deste tipo de saber essencial ao viver humano. E por isso padecemos de falta de autoconhecimento, falta de treinamento espiritual para enfrentar as vicissitudes da vida!

Carece-se de conhecimento no que se refere a finalidade da vida humana no tocante a levar a vida humana à plenitude. A vida feliz, anseio universal do ser humano, que hoje está reduzido ao consumo, passa antes pela arte do bem viver individual e do bem viver comum, que sim, está expressa nas religiões e outras filosofias.

É conveniente abrir mão do nosso ativismo e buscar estas fontes de saber preciosíssimas para nossa vida.

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