Amadurecidos na fé, ou enferrujados...

Numa pregação do irmão Emerson da Missão Marcca que participei nestas férias em Barbalha, ele falou algo que me chamou atenção. Ele disse mais ou menos assim: "Muitas vezes dizemos que amadurecemos na fé, quando na verdade, 'enferrujamos' na fé."
Então refleti um pouco...
...Nós que estamos na caminhada certamente experimentamos na nossa história um momento de grande fervor, em que nos sentíamos movidos a fazer verdadeiras 'loucuras por Deus'. Mas por vezes também acontece, inclusive comigo, que vamos deixando este 'fogo' inicial. Sim, são muitas as exigências, as críticas, e nós mesmos vamos arrefecendo nosso relacionamento com Deus, nosso zelo pelas coisas de Deus, vamos racionalizando nossa prática de fé, e ainda usamos um pretexto para isso. Dizemos que estamos caminhando para um fé mais madura e sem exageros... Puro engano!
Na verdade a cada dia deveríamos crescer na nossa ousadia em amar e servir a Deus. Por isso Paulo exorta Timóteo e nos exorta também:
"Por esse motivo, o convido a reavivar o dom de Deus (...). De fato, Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sabedoria." IITm1, 6s.
Uma coisa é certa. Deus sempre quer mais de nós. Deus nos chama a nos superar sempre até chegarmos à estatura de Cristo (Ef 4,13), por isso, a tendência ao comodismo é uma tentação das grandes.
Assim, temos que usar todas as ferramentas para não enferrujar na fé. Ou seja não deixar nossa prática de fé se tornar monótona, sem vida. Algumas sugestões são a leitura da Palavra de Deus, leitura da vida dos santos, palestras, retiros e encontros e não ter medo de ousar: dar passos cada vez mais largos para amar e servir a Deus de forma sempre mais radical.